domingo, 20 de dezembro de 2015

DUETO: NESSA CASINHA DE VARANDA SOL FIGUEIREDO ¨& MARCOS LOURES

NESSA CASINHA DE VARANDA

Olhando essa casinha de varanda,
Sonho estar nela contigo, ó amado,
Um sonho bom, um sonho já sonhado,
Mesmo sem saber por onde tu andas!

Sonho de deitar contigo na rede,
Beijando loucamente do meu jeito,
Encostando meu rosto no teu peito,
E sentir de teu corpo tanta sede!

Olharmos juntos para este infinito,
Na certeza desse amor tão bonito,
Fito um azul no céu, quão é perfeito!

São nuvens que por aqui já passaram...
Em nossas vidas sequer embaçaram...
Tal doce paixão há no nosso peito.
SOL Figueiredo


A casa tão pequena do passado,
as roupas no varal, quarando a vida,
o corte dolorido, outra ferida,
o tempo diz do sonho emoldurado,
o verso no quintal, no avarandado,
a luta muitas vezes dolorida
e quando o dia a dia nos agrida
retorno ao quanto fui, enamorado.

porém, tudo prossegue e fico atrás
olhando para o quanto houvera em paz
tentando resgatar esse cenário,

mas sinto a dor terrível da verdade,
e bebo da água imunda da cidade
num copo mesmo limpo, temerário...
Marcos Loures
TELA EM ACRÍLICO 50X60
SOL FIGUEIREDO
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DUETO: ERROS DO PASSADO MARCOS LOURES & SOL Figueiredo

DUETO: ERROS DO PASSADO – MARCOS LOURES & SOL Figueiredo


Revejo tantos erros de um passado
Sem nexo, sem sentido e direção
Apenas sei da própria imensidão
Do tempo noutro tempo desenhado,

O medo me acompanha lado a lado,
E busco quem me dera outra emoção,
Sabendo dos momentos que trarão
O verso tanto quanto desejado.

Um erro cometido, novo engano
E o tempo se mostrara mais profano
Nas tétricas e loucas desventuras

Ainda que se faça de tal forma
A vida no final tudo deforma
Diverso do que queres e procuras.


Meus erros, o passado sempre aponta...
O quanto tuas palavras ferem,
Mesmo que mil perdões não superem,
Não sabes! Nem a faca sente a ponta!

Mais beijos quão também nos temperem,
Trazendo mais amor à nossa conta,
Deixando minha perna um tanto tonta,
Tuas luzes brilhando interferem!

De ti, eu quero apenas paz e amor,
Que venha com amor e mais ardor...
Não quero nada mais, só te sentir...

Ouvir tua voz, à noite ao dormir...
Ter o teu calor, já me satisfaz,
Ao lado teu, sei que terei mais paz!


SOL Figueiredo


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Dueto À Alma Ardente! Geraldo Facó Vidigal & SOL Figueiredo

Soneto à Alma Ardente

Bem ali. Saboreei o primeiro
beijo; e a pele macia sob a blusa.
- Sensações. Retornam, vendo o coqueiro,
qual o teu arrepio, à mão intrusa.

De novo olhando areia, céu e mar
me detenho, sentindo pena e amor.
Pena de mim, vivendo em outro lugar;
Amor, de arder; cenário de calor.

E se memórias te fazem presente,
revivente, febril de juventude;
se te sinto, de novo, assim fremente

_flutua em volta teu sorrir faceiro -
sei ser falso esse anseio, que me ilude.
Mas, Amor, este sei ser verdadeiro!

Geraldo Facó Vidigal


O nosso amor há de ser verdadeiro,
Não fora com primeiro tão ardente...
Mas é evidente e digo-te de frente:
- Que não há de ser algo aventureiro!...

És tão presente, sinto-te na mente,
Certeiro, flechou coração primeiro,
Entrego-te esse sentimento inteiro...
Quão nevoeiro nunca afaste a gente!...

Cenário que revelas teu amor,
És ator principal, com tal ardor...
Propões amor fatal, se faz contente!...

Intenso, amante, amor sem ter pudor...
Imenso, ardente, amar e amar sem dor.
E do jeito que for, eternamente!...


© SOL Figueiredo


DUETO O TEMPO MARCOS LOURES & SOL Figueiredo

DUETO O TEMPO – MARCOS LOURES & SOL Figueiredo


O TEMPO


O tempo não tem nexo nem juízo,
Ninguém consegue mesmo segurar,
Não anda nem depressa ou devagar,
Exato; com certeza ele é preciso.

Mas quanto numa espera o tempo atrasa
Parece que é tão lento este infeliz,
Porém se estou contente e quero bis,
Parece fogaréu, imensa brasa.

O tempo não tem tempo de saber
O quanto o tempo custa pra correr
Se o tempo é contratempo é demorado

Mas sendo pouco o tempo pro prazer,
O tempo vai correndo sem se ver,
Num passatempo o tempo é apressado...

MARCOS LOURES



RESPOSTA AO TEMPO


O tempo passa voando, o momento...
Dispara a cada instante, tempo atroz
Vai assim tão distante, dor feroz...
Envelhecendo o amor, um vão tormento....

Eu não quero esquecer o sentimento,
Que o tempo levou num galope algoz...
Vento ventania ventou veloz...
Tal albatroz voou ao firmamento...

Do amor só dor restou ao meu viver...
Ó tempo, tempo... Não quero sofrer!
Aprender, reaprender, salvamento...

Da esperança, a criança, nascimento...
A nova vida, um novo renascer...
O tempo passageiro, o amanhecer!


SOL Figueiredo



terça-feira, 15 de dezembro de 2015

DUETO: NOVO CENÁRIO MARCOS LOURES & SOL FIGUEIREDO

DUETO: NOVO CENÁRIO – MARCOS LOURES & SOL FIGUEIREDO

14/12/15


Jamais imaginei novo cenário

E sei da minha sorte imprevidente

E quando na verdade o que se tente

Expressa este caminho temerário,


O verso noutro tom, o passo hilário

O mundo sem saber quão envolvente

Pudesse ser da vida o contingente

Gerado pelo rito necessário.


Apenas apresento sem sentido

O quanto neste tom já não me olvido

E vivo sem saber do que se queira


Na luta mais atroz e corriqueira

O verso se resume noutro passo

E o todo que pudera não mais faço.


Marcos Loures



Ah, esse coração tão solitário,

Vive triste, infeliz, por dor antiga...

Quer já mudar o tom dessa cantiga,

E ser feliz é seu sonho diário!...


Amargo viver assim: um calvário...

E ter na Lua a sua eterna amiga,

Talvez um dia até ainda consiga,

Voar alto, num vôo planetário!...


Ah, esse coração que ora só chora,

Desde quando o tal amor foi-se embora...

Vida em cenário de desabrigo!...


Vá lá, bota essa dor daqui pra fora,

E traga um novo amor aqui, agora!

Prenúncio de vida em Paz... - predigo.


SOL Figueiredo



DUETO: UM DIA APÓS O OUTRO SOL Figueiredo & Paulo Siuves

UM DIA APÓS O OUTRO

Sim, eu sempre fui muito destemida,
E encarava enfim cada das etapas,
A cada desafio e novos tapas,
Com brio, a cada fio dessa vida!

Pra alguns eu parecia até metida,
Na verdade era só uma pura capa,
Que encapa e talvez assim não derrapa,
Nessa vida vivida e tão corrida!

Contida sem fim, meu amor escapa...
Por este mundo a fora sem um mapa,
Quão perdida, já vivo então sofrida!

Um dia após o outro, qual esfiapa...
A vida a fio tal como uma farpa,
Vã agonia que por fim trucida!

© SOL Figueiredo




APÓS UM OUTRO DIA

Que agonia de viver essa vida
enfrentando farpas e tapas
vendo esse amor que escapa
entre os dedos da mão espremida

mesmo parecendo essa capa
de uma menina falsa, metida
escrevendo versos sob medida,
É um julgamento que escapa.

Pré-concebido esse conceito
Não mostra mesmo o trejeito
de poetisa contemporânea

Cheia de charme e espontânea,
mesmo com angústia momentânea,

afinal, todo mundo tem defeito...

Paulo Siuves  


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

DUETO NA PRAÇA DA OUSADIA - ARMINDO LOUREIRO E SOL FIGUEIREDO

Na Praça da ousadia…



E quando ela passa
Dessa forma altaneira
É sinal que vai à Praça
Dizer lá mais uma asneira

Nisso todos podem crer
Porque ela é a mais bela
E na Praça sente prazer
Com muita e muita alegria

Até parece andar louca
Tal é a sua linda magia
Diz o que lhe vai na alma
Ela a todos sabe amar

Jamais perde a sua calma
Porque gosto do seu saber
Quando na Praça estou afim
Dessa beleza do seu ser

A culpa não será dela
Manda a todos a sua boca
É bela no seu porfiar
E eu gosto que seja assim

Armindo Loureiro





Lá na Praça da ousadia…



Lá na Praça da ousadia,


A falar qualquer besteira,


Seja noite ou seja dia,


Só palavra bem certeira.




Dia quente, noite fria,


Versejar é brincadeira,


No final a poesia


Já sai de toda maneira...




Sob olhar do canarinho,


Um casal enamorado,


Querendo logo um beijinho,


Daquele bem assanhado!...




Na morena seu beicinho


Fica todo avermelhado


Desse travesso mocinho


Todo desavergonhado!...




Lá na Praça da ousadia,


O poeta quer cantar,


Um lindo canto; alegria


Sob a luz desse luar!...


SOLI,MAR CAMPOS
Heterônimo de SOL Figueiredo