domingo, 13 de dezembro de 2015

DUETO: A MORTE DE PEITO ABERTO marcos loures e SOL Figueiredo


DUETO: A MORTE DE PEITO ABERTO – marcos loures e SOL Figueiredo







Resignado prossigo meu caminho
Rumando para a morte incontestável
Figura assaz comum e detestável
Satânico percorro e vou sozinho,




Nefasto caminhar me leva ao ninho
Deveras como fosse um intragável
Destino deste ser tão deplorável
Nos túmulos de uma alma vã me aninho.





E riscando os espaços nada deixo,
Sequer um rastro fétido. Não queixo
Sabendo ser assim a minha sorte,





Depois de tantos erros, desventuras
Nas mãos esta vergasta em que torturas
Condenas com escárnio à fria morte.
marcos loures





A morte se anuncia a cada dia

Aos poucos o viver esvai-se ao chão...

Funesta fantasia então viria

Trazer algum sentido ou sensação!...




A sorte nunca trouxera alegria

Na cálida manhã sem emoção

No bate e volta da louca agonia

Tirania me invade o coração!...




Só resta a espera de peito aberto

Na fugidia estrada sem ter fim

Da aresta do que nunca fora certo...




Vestida de mortalha vou além,

Ao infinito buscar a Paz enfim.

Se o meu fim há de vir... que venha! Amém!


SOL Figueiredo






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